Mamanguape, PB História da Cidade

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Mamanguape, PB é de 58280000 à 58286999 e o código IBGE do município é 2508901. Quem nasce na cidade é chamado de mamanguapense e para ligar para Mamanguape utilize o DDD 83.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

A origem da história de Mamanguape se insere no processo de conquista da Paraíba, notadamente marcada por embates entre o colonizador (português) e o gentio (índio potiguara).
A conquista da terra deu-se através de uma política de expansão bem definida do domínio português, que visava reduzir os índios inimigos e promover a catequização de índios aliados, ou seja, levar a ‘civilização, os hábitos europeus e a fé cristã ao habitante do novo mundo’ e explorar madeiras de lei, especialmente o pau-brasil.
Em 20 de novembro de 1585, Martim Leitão e o capitão João Tavares em expedição atravessaram o rio Mamanguape em direção à Baía Traição, onde encontrando os Potiguara travaram luta sangrenta, porém conquistando a terra.
Podemos afirmar que Mamanguape tem sua origem a partir de aldeamentos indígenas. Apesar da posse formal da terra por Martim Leitão, atritos entre lusitanos e indígenas eram constantes, o que motivou a construção da aldeia Monte-Mor.
O povoado de Mamanguape que tinha como sede a Vila Monte-Mor, localizava-se às margens do Rio Mamanguape e prosperou muito economicamente, pois possuía condições naturais muito favoráveis, a saber: água em abundância, rios propícios a navegação (rios Mamanguape e Camaratuba), solo fértil e o pau-brasil.
O topônimo Mamanguape é uma corruptela do tupi mamã-guape, que significa “onde se reúne para beber, no bebedouro”. Nome dado pelos índios ao Rio Mamanguape, que por sua vez deu nome a nossa cidade.
Entre 1850 e 1900 Mamanguape atinge seu maior esplendor, tornando-se depois da Capital paraibana a cidade mais rica da província. Possuía uma aristocracia rural muito promissora, ruas calçadas e iluminadas a lampião de azeite, comércio pujante de tecidos finos e mercadorias importadas, sobrados ornados com azulejos, famílias portuguesas e italianas e uma sociedade que se inspirava nos hábitos franceses.
Em 1859, mais precisamente em 27 de dezembro de 1859, D. Pedro II, imperador do Brasil, e sua comitiva de duzentas pessoas chegam à Mamanguape. A cidade os recebeu festivamente, sendo agraciado com as chaves da cidade e em seguida foi hospedado na casa do Dr. Antonio Francisco de Almeida Albuquerque (onde hoje funciona o Paço Municipal). Quando regressou à Corte, o Imperador agraciou o Dr. Flávio Clementino da Silva Freire com o título de Barão de Mamanguape. Mamanguape foi um dos principais núcleos econômicos e populacionais da Paraíba no século XIX.
Sua economia dependia quase exclusivamente da indústria da sacarose exportadora. Com a decadência deste setor, causada tanto por fatores internos (perca da mão-de-obra escrava, decadência do porto de Salema, principal ponto de transações comerciais e a construção da estrada de ferro que mudou a rota comercial para o brejo paraibano), quanto por externos (concorrência com o açúcar caribenho), levou a estagnação econômica deste pólo ao longo do século XX.
A partir de 1924 a condição econômica passa a ser retomada com a Fábrica de Tecidos Rio Tinto, no distrito de Rio Tinto, e em 1940 a instalação da Usina Monte Alegre, no Vale do Mamanguape. Em 1953, a instalação da Agência Caixa Econômica e o abastecimento d’água. Em 1958, a Maternidade Nossa Senhora do Rosário e a iluminação da cidade, com o uso de energia elétrica. Em 1970, a BR 101, ligando João Pessoa – Mamanguape – Natal. A instalação de agências bancárias e Destilarias como Miriri.